quarta-feira, outubro 27

ENTREVISTA- GONÇALO ALVES EM DESTAQUE NO SITE DA FPP


foto:juvehoquei

Gonçalo Alves está a ser um dos grandes protagonistas no regresso do Sporting aos seniores de Hóquei em Patins: em três jogos, equivalentes a igual número de vitórias expressivas, marcou 17 golos, tendo, ainda, apontado mais três no encontro com o Castrense, interrompido ao intervalo devido a uma falha energia.

O jovem craque estreia-se, aos 17 anos, de modo fulgurante na III Divisão, dando sequência ao notável trabalho que tem desenvolvido nas camadas jovens: «Está a ser muito bom, mas, quando se trabalha bem durante a semana, e há um colectivo de qualidade, é natural que os resultados apareçam. Queremos ser campeões da III Divisão, temos potencial para isso, e vamos lutar em cada sábado. Depois, logo se vê», afirma Gonçalo Alves, evidenciando uma segurança invulgar no discurso.
Os sonhos de Gonçalo Alves não se limitam a esta época: «Quero levar o Sporting à I Divisão e, nessa altura, analisarei o meu futuro. Depois de ter sido bicampeão europeu de Sub-17 e campeão da Europa, em Sub-20, pretendo jogar na Selecção Nacional A e trabalhar para ser campeão da Europa e do Mundo».
O hoquista detém dois títulos de campeão nacional de iniciados e juvenis no Sporting, mas foi no FC porto que começou a dar os primeiros passos, tendo começado a patinar com um ano e meio: «No Porto, há uma coisa que não existe em Lisboa: mentalidade. Interessa ganhar e não importa quem entra. O António Livramento falou com o meu tio [Paulo Alves, n.d.r] e disse que tinha de ser jogador do FC Porto. Comecei nas escolinhas, mas, depois, tive de ir para o Famalicense, devido à incompatibilidade de horários entre os treinos e a escola. Fiquei durante quatro anos e surgiu o convite do engenheiro Gilberto Borges, a quem agradeço o esforço que tem feito pelo Hóquei em Patins do Sporting. O clube está a ser a minha rampa de lançamento».
Gonçalo Alves continua a ser treinado por Quim Zé, seu pai, com quem trabalhou, também, no FC Porto e no Famalicense: «É fácil trabalharmos juntos. Foi através dele que aprendi mais, mas também admiro o meu avô e meu tio. [Paulo Alves] Tem uma carreira brilhante, com campeonatos europeus e mundiais, e quero fazer igual ou melhor do que ele. O apoio da minha mãe é importante e torna-se mais fácil estar com o filho e o marido, porque gosta de hóquei em patins».
Espanha e Itália no horizonte
Gonçalo Alves admite que gostaria de actuar nos campeonatos de Espanha e Itália: «São os melhores do mundo e seria bom jogar nestes países. Pode ser que isso aconteça».
Cinco ídolos de sonho
O hoquista tem, além das referências familiares, cinco heróis que o encantam: «Gosto de ver jogar Reinaldo Ventura, Pedro Gil e Pablo Alvarez. Em relação a treinadores, admiro Franklim Pais e António Livramento».
Dupla de luxo
Mário Rodrigues, outra grande esperança do Sporting, tem formado dupla com Gonçalo Alves, evidenciando-se, também, como goleador e assistente mortífero: «É muito bom tecnicamente, mas, sem dois defesas e um guarda-redes –o Igor Alves tem muita qualidade - , não conseguimos nada».
Estudos são prioridade
Gonçalo Alves é, também, um exemplo a nível académico. Apesar das dificuldades em conciliar os estudos com treinos e jogos, frequenta o décimo segundo ano e pretende ingressar na faculdade: «Quero tirar economia, porque é importante ter um curso superior. Não é fácil, mas, com esforço, tudo se consegue».

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