sábado, setembro 19

OPINIÃO- HORA DE MUDANÇA

A pouco mais de um mês do início de mais um campeonato de hóquei em patins, as equipas vão-se preparando e adaptando às novas regras que foram introduzidas para o ano desportivo de 2009/2010. De facto, muitas são as alterações para a nova época, quer nos quadros competitivos, quer no que diz respeito às leis de jogo (regras).
Logo que foram dadas a conhecer as propostas de alteração às novas regras, sensivelmente há um ano, no Luso, muitas foram as vozes críticas e a favor que se fizeram ouvir. Do lado crítico, opinou-se que muitas eram as alterações de uma só vez, que importávamos a maior parte das regras de outras modalidades, que o protagonismo aos árbitros iria aumentar, etc. O grupo de trabalho que estudou, analisou e elaborou o documento para a alterações às regras, foi constituído pelas federações dos países com maior expressão no hóquei em patins (Itália, Espanha, Argentina, etc) e na qual Portugal esteve representado pela Direcção Técnica Nacional.
Por si só, este foi desde logo um factor muito importante, pois as alterações às novas regras serão introduzidas (de forma igual) em todos os países e como é sabido, até à data, cada federação regia-se pelas suas próprias regras. Logo conseguiu-se uniformizar as mesmas regras para todos os praticantes a nível mundial, sendo para a modalidade um factor importante pois todos a vão praticar segundo os mesmos princípios.
Por outro lado, parece unânime que era necessário dar um “abanão” na nossa modalidade e, na minha opinião, as novas regras poderão ser o princípio para devolvermos novamente a credibilidade, a conduta, o respeito e a espectacularidade à nossa modalidade, o Hóquei em Patins. Parece também claro que ao introduzir-se “tantas” mudanças, algumas estarão sujeitas a uma melhor avaliação e consequentemente a um reajuste. Mas na sua grande maioria irá permitir um jogo mais fluído, “saudável” e respeitado por todos.
Se, por um lado, esperamos que nos jogos de seniores se notem diferenças, é nos escalões mais jovens, de formação (escolares até aos juniores), onde aguardo por significativas melhorias. De facto, um pouco por todo o país iam-se verificando situações problemáticas, a roçar a violência e em alguns jogos pouco hóquei se praticava. É claro que naturalmente havendo problemas nos escalões de formação, menos qualidade e menos jogadores de elite se irão formar para os escalões seniores. No entanto, é necessário que todos os agentes da modalidade, técnicos, directores, jogadores e árbitros possam convergir de forma inequívoca no mesmo sentido e com as responsabilidades distribuídas equitativamente por todos.
Que a nova época seja de verdadeira mudança e devolva ao hóquei português e mundial, a notoriedade que merece.
Rui Neto(http://www.scn.pt/)

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